Descubra as origens do lipedema e as melhores formas de diagnóstico para cuidar da sua saúde
O lipedema é uma condição que afeta principalmente mulheres, sendo muitas vezes confundido com obesidade ou linfedema. Seu impacto vai além da estética, influenciando diretamente a saúde física e emocional. Entender as causas do lipedema e como identificá-lo é o primeiro passo para alcançar um diagnóstico correto e um tratamento eficaz.
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O que é lipedema?
O lipedema é uma desordem que resulta no acúmulo desproporcional de gordura em regiões específicas do corpo. Essa gordura é resistente a dietas e exercícios físicos, podendo causar dor, sensibilidade ao toque e alterações na mobilidade. Apesar de não ser diretamente causado por obesidade, as duas condições podem coexistir, o que dificulta o diagnóstico e o manejo clínico da doença, principalmente por profissionais de saúde que conhecem pouco sobre o tema.
Principais causas do lipedema
As causas do lipedema estão sendo cada vez mais desvendadas por pesquisadores do mundo todo, e com base nas últimas publicações mundiais, podemos afirmar que múltiplos fatores contribuem para o surgimento do lipedema. Dentre os mais relevantes, destaco:
- Fatores hormonais: o lipedema geralmente aparece ou piora em momentos de mudanças hormonais, como puberdade, gravidez ou menopausa;
- Predisposição genética: estudos indicam que o lipedema frequentemente ocorre numa mesma família, sugerindo uma forte base hereditária;
- Alterações no tecido adiposo: a gordura associada ao lipedema apresenta características inflamatórias e mudanças estruturais que a diferenciam da gordura normal do corpo.
Explorando ainda as possíveis causas do lipedema, o Dr. José Simarro, de Madri, sugere que, além de fatores genéticos e hormonais, as pacientes com essa condição apresentam problemas nos pequenos vasos sanguíneos e no sistema linfático. Esses problemas dificultam o fluxo da linfa nas pernas e nos braços, levando a inflamações, que favorecem o aumento da gordura, e endurecimento dos tecidos na região afetada.
Existe relação entre lipedema e obesidade?
Embora muitas vezes sejam confundidos, ainda que coexistam na mesma pessoa, lipedema e obesidade são condições diferentes:
- Distribuição da gordura: no lipedema, o acúmulo ocorre em áreas específicas, como pernas e braços, enquanto na obesidade há um aumento generalizado da gordura corporal.
- Impacto do peso: embora a obesidade possa agravar os sintomas do lipedema, perder peso não elimina os depósitos de gordura associados a essa condição.
- Diagnóstico combinado: pacientes obesos podem ter lipedema, o que exige uma avaliação criteriosa para identificar as condições coexistentes e um planejamento adequado.
Além dessas características, é preciso entender que a gordura do lipedema tem um padrão nodular, que a difere da gordura da obesidade. Devido a essas características, muitas pacientes apresentam pele com aspecto de casca de laranja e frequentemente sentem nódulos abaixo da pele.
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Outros fatores que podem contribuir para o lipedema
Além dos fatores citados acima, existem outros elementos que podem intensificar a evolução do lipedema:
- Problemas linfáticos e venosos: pernas com má circulação geram um efeito em cascata da piora do lipedema.
- Sedentarismo: a falta de atividade física e a baixa massa muscular podem contribuir para a piora dos sintomas, devido à perda de mobilidade e ao aumento do peso.
- Fatores emocionais: o impacto psicológico do lipedema pode piorar a percepção da condição e dificultar o manejo clínico. Esse é um aspecto às vezes negligenciado por muitos profissionais de saúde, mas que igualmente deve ser abordado para um tratamento de sucesso.
Como é feito o diagnóstico do lipedema?
O diagnóstico do lipedema é clínico e exige uma avaliação detalhada. Os principais critérios que utilizamos na consulta médica para identificar que você possa ter a doença incluem:
- Sintomas visíveis: desproporção corporal entre tronco e membros inferiores, hematomas frequentes e dor ou sensibilidade ao toque.
- Histórico médico e familiar: avaliar se há casos de lipedema ou sintomas similares na família.
- Exames complementares: ferramentas como ultrassonografia podem ser usadas para distinguir lipedema de condições similares, como linfedema ou obesidade.
Com essas informações, você pode receber um diagnóstico mais preciso e adotar um tratamento que melhore sua qualidade de vida e funcionalidade.
Fonte:
Dr. Fernando Freitas