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Imagem: Shutterstock

Descubra como otimizar a recuperação e minimizar as cicatrizes após uma mastopexia, com técnicas modernas e cuidados especializados para restaurar a beleza e a confiança.

A mastopexia é hoje no Brasil um dos procedimentos cirúrgicos mais populares entre as mulheres que desejam melhorar a forma e a aparência das mamas. No entanto, uma das principais preocupações de quem pensa em realizar a cirurgia é a cicatriz da mastopexia resultante. Vou explicar alguns conceitos importantes sobre esse tema para vocês.

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O que é a mastopexia e para quem é indicada?

A mastopexia, ou lifting de mamas, é um procedimento cirúrgico estético destinado a levantar e remodelar os seios. Com o passar do tempo, as mamas podem sofrer alterações estéticas devido a fatores como envelhecimento, gravidez, amamentação, oscilação de peso e gravidade. A mastopexia visa justamente restaurar a firmeza e devolver a melhor forma possível para você, removendo o excesso de pele e reposicionando o tecido mamário.

A cirurgia é indicada para mulheres que:

  • Estão com autoestima comprometida por mudanças nos seios
  • Apresentam mamas caídas (ptose mamária);
  • Desejam reposicionar as aréolas e mamilos que estão “olhando para baixo”;
  • Querem melhorar o contorno e volume

Embora a mastopexia possa ser combinada com a colocação de próteses de silicone para aumentar o volume, o objetivo principal da cirurgia é corrigir a flacidez e subi-la em uma posição mais alta e firme.

Quais são os tipos de cicatriz da mastopexia?

As cicatrizes da mastopexia variam de acordo com a técnica cirúrgica utilizada, e o tipo de incisão dependerá da quantidade de pele a ser removida e do grau de flacidez no seu caso. Os tipos de cicatriz mais utilizadas por nós cirurgiões plásticos na mastopexia são:

Cicatriz em T Invertido

Esse tipo de cicatriz de mastopexia, também conhecido como “âncora”, é comum em casos em que há um excesso significativo de pele a ser removido, ou em mamas muito caídas. A incisão forma um “T” invertido, com três partes: uma ao redor da aréola, uma vertical descendo do centro da aréola até a base do seio, e uma horizontal ao longo do sulco mamário (linha do sutiã). É uma das técnicas mais eficazes para levantar mamas com maior flacidez.

Apesar de ser a incisão mais extensa, ela proporciona os resultados mais completos em termos de elevação e reposicionamento dos seios.

Cicatriz em I

A cicatriz de mastopexia em “I”, ou técnica de mastopexia vertical ou em “pirulito”, é uma opção indicada para mulheres com flacidez pequena a moderada. Ela resulta em uma cicatriz em formato de “I”, com uma incisão ao redor da aréola e outra descendo verticalmente até o sulco mamário. Essa técnica é menos invasiva do que a cicatriz em T invertido e é geralmente usada quando não há necessidade de remover uma grande quantidade de pele. A cicatriz é menos perceptível.

Cicatriz em L

A mastopexia com cicatriz em “L” é indicada para casos intermediários entre a cicatriz em T invertido e a em I. Ela oferece uma combinação de levantamentos de pele, resultando em uma incisão ao redor da aréola e uma linha vertical até a base do seio, acompanhada de uma pequena incisão horizontal em apenas um lado do sulco mamário.

Essa técnica é menos invasiva do que o T invertido, mas ainda eficaz para corrigir flacidez significativa. Tem como vantagem o decote livre de cicatrizes.

Cicatriz Periareolar

A cicatriz periareolar é a menor entre as citadas anteriormente e resulta em uma incisão apenas ao redor da aréola. Ela é recomendada para casos de flacidez leve, onde não há necessidade de remoção substancial de pele. É a técnica com cicatriz mais discreta, sendo quase imperceptível ao redor da aréola após a cicatrização.

No entanto, essa técnica pode ser limitada em termos de correção de flacidez mais severa.

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É possível evitar a cicatriz da mastopexia?

Hoje em dia, existe uma técnica de suspensão das mamas chamada mamoplastia interna em que consegue-se pequenas ascensões mamárias com pontos internos. No entanto, em casos moderador e avançado de queda mamária e em pacientes com pele muito fina, não é possível realizar uma mastopexia sem cicatrizes. Toda cirurgia que envolve incisões na pele deixará algum tipo de marca. Ainda assim, os avanços nas técnicas cirúrgicas e os cuidados pós-operatórios podem fazer com que as cicatrizes da mastopexia sejam discretas e pouco perceptíveis com o tempo.

Fatores como a genética, o tipo de pele e a capacidade de cicatrização de cada paciente também influenciam no aspecto final das cicatrizes. Embora não seja possível evitar completamente, existem maneiras de reduzir sua visibilidade.

Como reduzir a cicatriz da mastopexia?

Apesar de não ser possível evitar a cicatriz da mastopexia, há diversas estratégias que podem ser adotadas para minimizar sua aparência. Aqui estão algumas dicas para reduzir a cicatriz da mastopexia:

  • Uso de fitas de silicone ou gel de silicone: são produtos amplamente utilizados para melhorar a aparência de cicatrizes, mantendo a área hidratada e ajudando na regeneração da pele.
  • Protetor solar: A exposição solar pode escurecer as cicatrizes (hiperpigmentar), tornando-as mais visíveis. O uso de protetor solar com fator alto (FPS 50 ou mais) é essencial para evitar a hiperpigmentação.
  • Massagem na cicatriz: Massagens suaves na cicatriz ajudam a melhorar a circulação sanguínea e a suavizar o tecido cicatricial
  • Tratamentos dermatológicos: Em alguns casos, o cirurgião plástico pode indicar tratamentos como laser, microagulhamento ou peelings para suavizar a cicatriz após a recuperação inicial.
  • Hidratação: Manter a pele ao redor da cicatriz hidratada ajuda a melhorar a elasticidade e a regeneração da pele.
  • Acompanhamento com o cirurgião: É fundamental seguir as orientações pós-operatórias e comparecer às consultas de acompanhamento para monitorar o processo de cicatrização.

Quais são os cuidados necessários após a cirurgia?

O sucesso da cirurgia e a qualidade das cicatrizes da mastopexia dependem também dos cuidados pós-operatórios. Aqui estão algumas das principais recomendações:

  • Uso de sutiã cirúrgico: O uso de sutiã cirúrgico ou modelador é essencial nas primeiras semanas para dar suporte aos seios e ajudar na cicatrização.
  • Evitar esforço físico: É importante evitar atividades físicas intensas nas primeiras semanas após a cirurgia, pois o esforço pode comprometer a cicatrização e aumentar o risco de complicações.
  • Não expor a cicatriz ao sol: Como mencionado, a exposição ao sol pode piorar a aparência da cicatriz. Evite sol direto nas cicatrizes por pelo menos seis meses.
  • Cuidados com a alimentação: Manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes ajuda o corpo a cicatrizar mais rapidamente. Alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, e proteínas de boa qualidade, como carnes magras e legumes, são benéficos para a recuperação.
  • Seguir as orientações do Dr. Fernando: Sempre siga as orientações específicas do seu cirurgião, como o uso de medicamentos, cremes cicatrizantes e retorno para consultas regulares.

Embora a cicatriz da mastopexia seja uma consequência inevitável da mastopexia, ela não precisa ser motivo de preocupação para você. Com os cuidados certos e a orientação adequada, as cicatrizes da mastopexia tendem a se tornar discretas ao longo do tempo, e os benefícios estéticos da cirurgia podem ser aproveitados plenamente. Lembre-se sempre de discutir todas as opções e preocupações com o seu cirurgião antes da operação para garantir os melhores resultados possíveis.

Fontes:

Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos