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Imagem: Shutterstock

Condição pode ser tratada e prevenida

O lipedema é uma condição que afeta muitas mulheres, e um dos locais mais comuns de acúmulo de gordura é na região dos joelhos. Essa condição pode causar desconforto, dor e até limitar a mobilidade de quem sofre com essa condição.

Continue a leitura para saber mais sobre esse quadro que pode afetar os joelhos.

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O que é o lipedema no joelho?

O lipedema no joelho é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura subcutânea, que afeta essa região em particular. Embora essa gordura seja resistente à dieta e ao exercício, é importante destacar que o lipedema não está relacionado à obesidade, apesar de muitas vezes ser confundido com esta.

Quando o lipedema afeta a região dos joelhos, o acúmulo de gordura ocorre ao redor da articulação, criando um aspecto de “almofada” em torno do joelho. Isso pode causar não apenas alterações estéticas, mas também desconforto, dor e até mesmo dificuldades na movimentação. Geralmente, esse acúmulo também vem junto com acometimento do quadril ou da perna.

Como saber se estou com lipedema no joelho?

Identificar o lipedema no joelho pode ser desafiador, especialmente porque os sintomas do lipedema iniciais podem ser confundidos com outras condições, como celulite e retenção de líquidos. No entanto, alguns sinais característicos podem ajudar a identificar essa condição:

  • Acúmulo de gordura desproporcional: o lipedema causa um acúmulo de gordura desproporcional ao redor dos joelhos, que não responde a dietas ou exercícios.
  • Sensibilidade e dor: a gordura afetada pelo lipedema tende a ser dolorosa ao toque, e a área ao redor dos joelhos pode apresentar sensibilidade aumentada. Chamamos de trigger point esses pontos dolorosos.
  • Hematomas fáceis: pessoas com lipedema frequentemente notam que a pele ao redor dos joelhos machuca com facilidade, resultando em hematomas mesmo com pequenos traumas.
  • Simetria: o lipedema geralmente afeta ambos os joelhos de maneira simétrica, ou seja, ambos os lados do corpo apresentam sinais semelhantes.
  • Inchaço que não diminui: ao contrário do inchaço causado por retenção de líquidos, o inchaço do lipedema não melhora com repouso ou elevação das pernas.

Se você notar esses sintomas, é importante buscar uma avaliação médica especializada para um diagnóstico preciso e para descartar outras condições que possam estar causando esses sintomas.

Quais são as causas de lipedema no joelho?

As causas exatas do lipedema ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenham um papel significativo no desenvolvimento dessa condição. O lipedema afeta quase exclusivamente as mulheres, sugerindo uma ligação hormonal, possivelmente associada a flutuações hormonais como aquelas que ocorrem durante a puberdade, a gravidez ou a menopausa.

Além disso, a predisposição genética pode ser um fator importante, pois o lipedema frequentemente ocorre em famílias. Se uma pessoa tem um histórico familiar de lipedema, é mais provável ela que desenvolva a condição.

Como tratar o lipedema no joelho?

O tratamento do lipedema no joelho visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. As abordagens mais comuns incluem:

  • Terapia de compressão: o uso de meias ou calças de compressão ajuda a reduzir o inchaço e proporciona suporte às áreas afetadas, aliviando o desconforto.
  • Drenagem linfática manual: essa técnica ajuda a estimular o sistema linfático, reduzindo o inchaço e melhorando a circulação.
  • Exercícios físicos: atividades físicas de baixo impacto, como caminhada, natação e Pilates, podem ajudar a melhorar a circulação e evitar o agravamento do lipedema.
  • Lipoaspiração tumescente: é uma excelente opção para a remoção cirúrgica da gordura na região do joelho, trazendo mais definição para a região e melhorando os sintomas.

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Como evitar o lipedema no joelho e o acúmulo de gordura nas pernas?

Embora o lipedema tenha um forte componente genético e hormonal, algumas medidas podem ajudar a prevenir o acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, potencialmente, retardar o aparecimento ou a progressão do lipedema:

  • Manter um peso saudável: embora o lipedema não esteja relacionado diretamente à obesidade, manter um peso saudável pode ajudar a reduzir a sobrecarga nas articulações e minimizar os sintomas.
  • Exercício regular: atividades físicas que promovem a circulação e o fortalecimento muscular, como caminhada, hidroginástica e natação, são benéficas.
  • Evitar permanecer sentado ou em pé por longos períodos: isso pode piorar o inchaço e o acúmulo de líquidos nas pernas. Também é recomendado o uso de meias de compressão.
  • Cuidado com a alimentação: adotar uma dieta equilibrada e rica em nutrientes ajuda a manter a saúde geral do corpo e evitar o agravamento dos sintomas.
  • Consultar um especialista: se houver histórico familiar de lipedema, é recomendável consultas regulares com um especialista para monitorar e, se necessário, iniciar tratamentos precocemente.

O lipedema no joelho é uma condição que pode impactar significativamente a qualidade de vida, mas com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a mobilidade e o bem-estar.

Se você suspeita que possa ter lipedema no joelho, procure orientação médica para um diagnóstico preciso e para saber quais são as melhores opções de tratamento no seu caso.

Fonte:

Dr. Fernando Freitas